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DNIT e USP firmam contrato para desenvolver pesquisas sobre pavimento de concreto

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Parceria estratégica vai gerar embasamento técnico-científico para dar suporte ao crescimento da solução no país.

Luiz Guilherme Rodrigues de Mello é membro experiente do Conselho do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), com histórico comprovado de trabalho na indústria de Engenharia Civil. Profissional de desenvolvimento de negócios com Pós-Doutorado em Engenharia pela Universidade de Brasília. Atualmente, é Professor adjunto de pavimentação na Universidade de Brasília e Diretor de Planejamento e Pesquisa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Nos últimos seis anos, o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) vem apostando em pesquisa e desenvolvimento por meio de convênios com institutos e universidades federais. São cerca de R$ 60 milhões aplicados em oito contratos em andamento, valor inédito na história da autarquia federal — detentora da maior malha rodoviária do país.

Parte desse montante será direcionado a um consórcio recém firmado com a Universidade de São Paulo (USP) para o estudo de pavimentos rígidos. Com duração de três anos, a iniciativa tem coordenação do professor José Tadeu Balbo, referência em pesquisa sobre pavimentação no Brasil e docente titular de infraestrutura de transportes na Escola Politécnica da USP.

“O plano é desenvolver estudos que permitam atualizar os métodos de dimensionamento e de controle existentes, bem como modernizar o nosso corpo normativo”, explica Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, diretor de Planejamento e Pesquisa no DNIT.

Pavimentos de concreto em alta nas rodovias nacionais

Por trás desse movimento há a maior atenção do órgão público para o pavimento de concreto, solução de engenharia associada a uma série de vantagens técnicas e econômicas em comparação aos pavimentos flexíveis de base asfáltica. É possível citar, como exemplos, a redução de custos considerando o ciclo de vida do pavimento, a maior durabilidade e a menor necessidade de manutenção.

Em 2015, apenas 2% da malha federal havia sido executada com pavimentos de concreto. Em 2024, considerando os projetos elaborados, a participação dessa tecnologia nas rodovias geridas pelo DNIT saltou para 4,5%. 

Mas a maior presença do concreto nas rodovias brasileiras não para por aí. “Se levado em consideração os projetos que estamos iniciando agora, há a possibilidade de o pavimento rígido alcançar 10% da representatividade da malha federal. Esta é uma evolução grande, que justifica a mobilização em busca de melhores formas de projetar, executar e controlar esses pavimentos”, destaca Luiz Guilherme, que também é professor na Universidade de Brasília.

Como vai funcionar o convênio entre DNIT e USP?

O grupo liderado pelo professor José Tadeu Balbo contará com renomados pesquisadores nacionais e, também, com a consultoria de especialistas de universidades estrangeiras, sobretudo norte-americanas. 

Entre eles, a professora Somayeh Nassiri, que estuda materiais e técnicas de projeto no Centro de Pesquisa de Pavimentos da Universidade da Califórnia, e o professor Mang Tia, especialista em modelagem por elementos finitos, da Universidade da Flórida. Vale lembrar que o concreto de cimento Portland é alternativa a técnica para pavimentação predominante nos EUA.

Contar com a contribuição desses pesquisadores permitirá ao DNIT alinhar os seus textos normativos com o estado da arte em pavimentação rígida. Isso porque, embora muitos países já adotem metodologias mais modernas, o Brasil ainda utiliza métodos de dimensionamento inseridos no manual do DNIT em 1984, e que não levam em conta toda a evolução da tecnologia e do conhecimento científico das últimas décadas. A expectativa do DNIT é de que o convênio com a Universidade de São Paulo colabore para diminuir esse gap.

O desenvolvimento de um novo método de dimensionamento permitirá, por exemplo, que os projetistas incorporem em seus trabalhos aspectos que hoje ainda não são contemplados, como o efeito da temperatura sobre as placas de concreto e a adição de fibras. “Tudo isso possibilitará a produção de pavimentos ainda mais duráveis e resilientes, além de econômicos”, conclui o diretor de Planejamento e Pesquisa no DNIT.

Quer entender mais sobre os benefícios do pavimento de concreto? Confira na matéria xxxx.

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