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Conheça opções de materiais granulares para base e sub-base de pavimentos de concreto

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Qualidade do material utilizado nas camadas inferiores interfere na durabilidade do pavimento e no custo do projeto.

Os pavimentos, sejam eles rígidos ou flexíveis, têm seu desempenho diretamente atrelado à capacidade de suporte do solo onde são implantados. Essa característica, por sua vez, é condicionada à qualidade do material que compõe as camadas de base e sub-base. Estamos nos referindo, principalmente, aos granulares, como as bicas corridas, britas graduadas e britas graduadas tratadas com cimento.

“Quanto melhor for a qualidade do material utilizado nas camadas inferiores, maior tende a ser a capacidade de suporte do pavimento. A qualidade dos agregados é, portanto, um ponto fundamental para garantir o melhor dimensionamento e a durabilidade”, explica Alex Maschio, CEO do Instituto Ruas, especialista em pavimentação e em infraestrutura viária urbana e rodoviária.

Além do desempenho, a qualidade da base também gera impactos financeiros, uma vez que os materiais podem apresentar diferentes graus de compacidade. Isso significa que, a depender da especificação, é possível ter um projeto de pavimento otimizado, com camada de rolamento mais esbelta e, consequentemente, custos mais baixos.

Quais são os principais materiais utilizados na base dos pavimentos de concreto?

Diferentes materiais são utilizados com sucesso nas camadas inferiores de pavimentos de concreto. Amplamente utilizados, eles são citados em normas da ABNT (como a NBR 7583) e, também, em especificações do DNIT e de órgãos estaduais.

As alternativas vão desde as mais simples, como a bica corrida e o seixo rolado, aos materiais estabilizados quimicamente, com destaque para a BGTC (brita graduada tratada com cimento).

Composta por calcário, granito ou basalto, a bica corrida é um material natural, não britado. Ela não possui, portanto, uma granulometria específica, podendo apresentar muita brita e pouco material fino (como areia).

Uma evolução desse material é a brita graduada simples (BGS). Trata-se de uma mistura, realizada em usina, de produtos de britagem de rocha. A BGS se caracteriza por apresentar uma faixa granulométrica contínua. Por ter um maior controle sobre a granulometria, esse material costuma apresentar uma capacidade de suporte superior à da bica corrida.

No Brasil, a BGS é a solução mais utilizada em base e sub-base de vias com pavimento flexível e rígido. A preferência por esse material se deve à sua farta disponibilidade e ao costume do mercado, que se adaptou à simplicidade de aplicação da BGS.

Materiais com desempenho superior permitem reduzir custos

Quando falamos em soluções para base e sub-base de pavimentos, as alternativas com maior valor agregado são a brita graduada tratada com cimento (BGTC) e o concreto compactado a rolo (CCR). Ambos os materiais, especialmente indicados para vias com tráfego médio e pesado, consistem em concretos de consistência seca, cujo abatimento é menor ou igual a 6 mm.

A BGTC é composta pela mistura, em usina, de produtos de britagem, cimento e água, adequadamente compactada e submetida à cura. Já o CCR é uma mistura de cimento, agregados com curva granulométrica contínua, água, e, às vezes, aditivo.

Alex Maschio fez um estudo comparando a BGS e a BGTC e seus impactos no dimensionamento de pavimentos. Segundo o especialista, um solo com CBR 8 (Índice de Suporte Califórnia), sem nenhuma camada de material granular, apresenta uma capacidade de suporte (K) de 44 MPa/m. “Se inserimos uma camada de 10 cm de BGS na base, por exemplo, conseguimos elevar essa capacidade de suporte para 48 MPa/m. Mas, se usarmos a mesma espessura de BGTC em vez da BGS, a capacidade de suporte salta para 130 MPa”, compara Maschio.

Tal diferença viabiliza o dimensionamento do pavimento com uma camada superior de concreto mais esbelta, levando a uma redução de custo da ordem de 5% a 10%.

A opção por um material com maior capacidade de suporte também impacta, naturalmente, a vida útil da via. Um pavimento com uma camada de 12 cm de concreto (tráfego leve) sobre uma camada de 15 cm de BGS apresenta uma vida útil de 30 anos. “Se utilizarmos as camadas com a mesma espessura, trocando a BGS pela BGTC, conseguimos atingir durabilidade de até 100 anos”, explica Maschio. Ele complementa que, ao reduzir o volume de materiais utilizados, a escolha por soluções com melhor capacidade de suporte também favorece a redução de emissões de carbono, auxiliando em projetos que visam à descarbonização.

A Prefeitura de Curitiba, no Paraná, vem priorizando a durabilidade, o conforto do usuário e a redução de custos com manutenção nas obras da Linha Verde, via com cerca de 20 quilômetros de extensão que conecta a cidade de norte a sul. Nesse caso, a maioria dos trechos foi executada com pavimento asfáltico com base de BGTC nas vias laterais e de CCR no corredor de ônibus.

Tal escolha para a sub-base se deve, justamente, à maior capacidade de suporte desses materiais, que proporciona uma série de benefícios em vias de tráfego intenso e pesado. Entre eles, destacam-se aumento de vida útil, redução de custos com manutenção e possibilidade de diminuição de custos globais de implantação.

Quer entender mais sobre os benefícios do pavimento de concreto? Confira na matéria xxxx.

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