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Pavimento de concreto no Distrito Federal

Obras com pavimento de concreto estão em alta no Distrito Federal

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Conheça os motivos que levaram ao aumento no número de projetos que optam pelo sistema e entenda por que a administração pública vem escolhendo essa solução.

A aplicação do pavimento de concreto está em forte ascensão no Distrito Federal. Se até 2018 existiam em torno de 92,4 km de vias com essa tecnologia — concentradas, basicamente, nos Eixos Oeste e Sul —, agora já são mais de 242,3 km de projetos do tipo sendo executados em diferentes áreas da capital. Segundo dados do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), o investimento estimado nas obras é de cerca de R$ 400 milhões.

Esse avanço pode ser explicado pela construção de corredores de ônibus com a utilização do pavimento de concreto. “Desde 2011 temos um Plano Diretor de Transportes Urbanos que prevê a criação de espaços exclusivos para os coletivos em todas as regiões da cidade”, conta Ery Brandi, subsecretária de Projetos, Orçamentos e Planejamento de Obras da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF. Entre as vias que terão essas estruturas estão a W3 Sul, as pistas do túnel de Taguatinga e a avenida Hélio Prates.

Além disso, apesar de inicialmente não existir a previsão de aplicação da solução em concreto fora dos corredores de ônibus, essa é uma realidade que está em processo de mudança. Na Via Estrutural, por exemplo, a técnica de whitetopping é empregada para criação de uma camada de concreto com 21 cm de espessura sobre toda a pista de asfalto. Já na avenida Hélio Prates, a opção foi pelo pelo pavimento urbano de concreto (PUC) para as áreas de vias marginais.

“Essas marginais tem comércio bastante intenso, com espaços para cargas e descargas. Então, era necessária uma pavimentação com maior vida útil. Escolhemos o concreto por conta da durabilidade, do conforto térmico e visual”, afirma Brandi, destacando que esse experimento tem apresentado resultados positivos. “Tivemos auxílio da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que nos ofereceu um respaldo legal para entendermos como o sistema poderia ser executado em uma área que tem tráfego médio”, complementa.

A subsecretária ressalta que a escolha pelo pavimento de concreto, em todas as obras em que a solução foi utilizada, considerou benefícios como a durabilidade e os custos. “O preço do concreto está bastante competitivo em relação ao do asfalto. Nossas contas aprontaram para redução de custo em torno de 10%”, informa. Para administração pública também importa bastante o fato de a frequência de manutenções ser mais reduzida. “Se o pavimento de concreto for executado da maneira adequada, dificilmente irão surgir manifestações patológicas sérias”, diz Brandi.

Execução do pavimento de concreto

A execução do pavimento de concreto no Distrito Federal é considerada um processo de aprendizado por todos os envolvidos no trabalho. Para alcançar os melhores resultados, construtoras têm solicitado o auxílio de especialistas de outros estados. “Não tínhamos projetistas com experiência em Brasília e fomos buscar profissionais de regiões distintas do Brasil”, comenta Brandi, informando que também foi criada uma parceria com a ABCP para a organização de cursos e treinamentos, além de orientações sobre como a aplicação deve ser realizada.

“Estamos aprendendo com profissionais de outros estados. Para promover o conforto de rolamento e todos os demais ganhos, o pavimento de concreto precisa ser bem executado. A solução tem tudo para dar certo e Brasília acredita nessa tecnologia. Vemos as empreiteiras e construtoras tentando se aprimorar e esse pode ser um exemplo para o país”, opina Brandi.

Detalhes de projetos

A avenida Hélio Prates passa por requalificação que envolve intervenções nas calçadas, reordenamento de bolsões de estacionamento e criação das faixas de ônibus. Além dos espaços exclusivos para o transporte público, o concreto foi empregado nas marginais e em toda a parte final da via (últimas quatro quadras). Com isso, o sistema vai receber tanto tráfego pesado quanto leve nessa avenida. Dividida em três etapas, a obra teve a sua primeira fase entregue em abril de 2023 e a segunda deve ficar pronta até junho de 2024 e ainda será licitada a terceira e ultima estapa até meados de 2024.

Já a W3 Sul era uma pista que precisava de recapeamentos constantes por não contar com um corredor de ônibus. Transformada recentemente em um importante eixo do transporte público, a avenida sofria com afundamentos e outros problemas. Para resolver a situação, está em execução na faixa da direita e nas baias dos ônibus o pavimento de concreto — que deve reduzir muito as manutenções assim que ficar pronto. As demais faixas permanecerão em asfalto.

A reforma de toda W3 Sul mobilizou investimentos que chegam a R$ 25,6 milhões.

Situação diferente acontecerá na Via Estrutural, onde o concreto será aplicado ao longo de toda a pista. Trata-se de uma via rápida (80 km/h) com tráfego intenso. Inicialmente, a ideia do DER-DF era ampliá-la. Entretanto os responsáveis pelo órgão entenderam ser melhor aprimorar a rolagem na primeira etapa do projeto. Para isso, o whitetopping será executado nas seis faixas que compõem a Via Estrutural (três no sentido bairro e três no sentido centro).

Opinião pública

Motoristas e passageiros têm elogiado as vias em concreto. Segundo a subsecretária, o governo recebeu comentários positivos vindos da população, que já percebeu se tratar de uma pavimentação com longa vida útil. “No Eixo Sul, implantado desde 2012, os usuários dos ônibus destacam o conforto das viagens, afinal, os veículos não trepidam”, exemplifica.

Futuro do pavimento de concreto

A aplicação do pavimento de concreto em vias do Distrito Federal deve continuar em alta, o que tem potencial de promover a melhoria constante dos serviços de implantação e dos métodos de controle. “O pavimento flexível vem sendo implantado há muito tempo, e com isso, empresas e administração pública possuem o conhecimento e o maquinário necessário para lidar com esse material. Por outro lado, estamos construindo um cenário para o concreto. Acredito que será um crescimento que acontecerá pouco a pouco”, avalia Brandi.

Para a subsecretária, é preciso que exista a conscientização de que o pavimento de concreto é uma boa alternativa indicada para diferentes tipos de projeto. “A solução veio para ficar. É competitiva, tem preço bom e estamos aprendendo a executá-la para mitigar manutenções. Poder público, setor privado e sociedade devem se unir para fazer acontecer”, conclui.

Quer entender mais sobre os benefícios do pavimento de concreto? Confira na matéria xxxx.

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